Leandro Hassum queria personagem inspirado em Cabo Daciolo em 'O Candidato Honesto 2'

  • Por Jovem Pan
  • 13/08/2018 11h45 - Atualizado em 20/11/2018 02h34
Johnny Drum/Jovem Pan Humorista esteve na bancada para divulgar seu novo projeto no cinema

Um político de caráter duvidoso acaba se envolvendo em um grande esquema de corrupção que agrava ainda mais a terrível crise que assola o país. Seu mandato, então, passa a correr o risco de sofrer um impeachment. Poderia ser uma notícia de jornal, mas é, na verdade, a sinopse de O Candidato Honesto 2, nova comédia estrelada por Leandro Hassum. Embora brinque que a trama tem “meras coincidências” com a realidade, o ator confirmou que ela possui diversos personagens inspirados em personalidades da política brasileira. E poderia ter outros se o roteiro tivesse sido escrito antes do debate presidencial da semana passada.

“Se desse tempo, com certeza o Cabo Daciolo ia entrar, bicho. É difícil competir com um cara desse. Eu fiz o Zorra por muito tempo e as pessoas falavam ‘ah o Zorra exagera demais’. Se a gente pega um personagem desse e coloca lá, as pessoas falam ‘para, isso não existe’. De repente ele existe e é candidato à presidência, brother! Já chega tudo pronto para a gente”, disse, aos risos, em entrevista ao Morning Show nesta segunda-feira (13).

Sequência do filme homônimo de 2014, o longa conta até mesmo com um vice-presidente um tanto quanto “vampiresco”. “Qualquer semelhança é mera coincidência. O roteirista foi muito feliz. O roteiro foi mexendo conforme o Brasil ia mexendo. Uma hora teve que fechar, se fosse botar tudo que dá piada o filme teria 5 horas de duração”, brincou.

O Candidato Honesto 2 chega aos cinemas nacionais no dia 30 de agosto de 2018. A direção é de Roberto Santucci e o roteiro de Paulo Cursino. O elenco conta ainda com Paulinho Serra, Rosanne Mulholland, Victor Leal, Flavia Garrafa e Anderson Muller.

Sobre as possíveis críticas, Hassum está “vacinado”. “Espero que todo mundo dê risada junto. Hoje não dá para pensar no que o público vai achar de uma piada. Está complicado. Às vezes penso em uma piada boa na minha cabeça, mas fico 10 vezes pensando se posto ou não. Outro dia postei uma foto minha antiga e escrevi ‘da época em que trabalhei no Free Willy‘. Aí já virei gordofóbico em um programa de TV. Está difícil, não sei o que vão achar. Vai ter uma galera com prazer de falar mal, mas aí não tenho o que fazer. Só continuar fazendo humor”, afirmou.

“Apesar de ser comédia, um filme para divertir, quem sabe você não consegue de uma forma bem humorada falar um pouco do que o nosso reinado está passando e abrir os olhos? É tão difícil rir da desgraça. Quem sabe dessa forma distanciada a pessoa não consegue enxergar o que está tão próximo? Sempre considerei a comédia um remédio. Ela sempre teve essa função. É uma forma leve, sutil e lúdica de falar do que está acontecendo”, finalizou.

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